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MAURÍCIA
Praias de areia branca, mar azul-turquesa e a perder de vista, e uma natureza exuberante, no mar ou em terra, tornam a Maurícia um lugar de eleição para quem gosta de conjugar praia, boa gastronomia e a hospitalidade de um povo.
A Visitar
Praia, cultura e natureza são palavras-chave quando se fala em Maurícia. A 2000 Km da costa sudeste do continente africano e no Oceano Índico, a Maurícia integra as ilhas Mascarenhas e o seu nome tem origem no príncipe holandês Maurício de Nassau que ali desembarcou e estabeleceu uma colónia antes dos franceses e britânicos. Hoje independente, apresenta uma diversidade cultural que tanto apela ao charme colonial francês como ao ritmo africano com um colorido indiano e toque chinês. E é toda esta versatilidade cultural que se sente a cada passo dado, por exemplo, nos mercados locais (regatear é um processo importante na compra), como Quatre Bornes, Mahébourg e claro, está, Port Louis, nome da capital e onde é obrigatória a visita ao famoso Jardin des Pamplemousses, um dos jardins botânicos mais antigos do mundo onde se encontram além dos nenúfares, tartarugas gigantes, veados, etc. Ao lado, o Museu Sugar World é uma antiga fábrica de açúcar e conta a história da Ilha. Outro destaque é o cromático em Chamarel Terre des Sept Couleurs, uma formação geológica a sul da Ilha e que pode ser visto como um fenómeno natural que cria uma área de dunas de areia feitas com sete cores diferentes. A maior reserva da Ilha ocupa um total de mais de 6.7 hectares de terra e é o Le Parc National des Gorges de Rivière Noire, onde é possível observar plantas endémicas, animais selvagens, pombos cor-de-rosa e falcões ou das Cascatas de Chamarel. Este parque pode ser explorado em trilhos de trekking levando-nos ao topo da montanha para um miradouro que, garantimos, inesquecível. No centro da Ilha, Trou aux Cerfs tem 605 metros de altura, uma cratera entre 300 a 350 metros de diâmetros e 80 de profundidade. Este é o único vulcão do destino adormecido há séculos e que pode ser visitado, a par do Grand Bassin, um dos locais mais importantes para a comunidade hindu, pelo templo dedicado a Shiva e outros deuses, e onde se realiza o Maha Shivaratri, em fevereiro.
O que comer?
É à mesa que se comprovam todas as influências e sabores que compõem a gastronomia que tem tanto de deliciosa como de surpreendente. A fusão acontece entre o mais simples ingrediente africano com o requintado aroma francês, envolvido nos sabores crioulo e asiático. À parte do típico arroz basmati usado como acompanhamento em quase todos os pratos, a cozinha Maurícia tem diversos pratos típicos com temperos que marcam pela diferença, a começar pelo Biryani ou o Rougaille preparado com tomate local, cebola, ervas aromáticas, alho, gengibre e pimentão, ambos acompanham carne ou peixe. Destaque ainda ao Paratha, pão de farinha feito à mão recheado com verduras, carnes ou peixe e diferentes molhos. A variedade de frutas tropicais, como o mamão, manga, coco, abacaxi, líchia e goiaba dão mote às sobremesas e de entre as bebidas típicas, destacam-se o lassi, feito de iogurte e água fria; o alouda, uma infusão viscosa com leite e xarope de ágar (gelatina de origem marinha). Não esquecer ainda o café, chá o rum e as cervejas locais.
Curiosidades
Diz a lenda que num passeio de Shiva à Terra, o deus decide aterrar na ilha, deixando cair da sua cabeça na cratera de um vulcão duas gotas do Rio Ganges, formando um lago natural. O Ganges expressou a sua indignação pelo derrame das suas águas numa terra desabitada mas Shiva prometeu que os habitantes das margens do Ganges iriam colonizar a Ilha. Assim se cumpriu a profecia e hoje realiza-se, anualmente, o Festival Shivaratri. E é por isso que Lord Shiva não se opõe à existência de outros credos na Maurícia. O símbolo da Maurícia é o Dodó, uma ave não-voadora, extinta no séc XVII, de caráter tão único quanto o destino. Com um metro de altura e um peso variável entre 10 a 18 kgs, o Dodó hoje apenas se encontra através dos peluches, ímanes, porta-chaves, que podem ser encontrados em qualquer lado. Séga é o nome da dança típica da Maurícia. Originalmente interpretada por escravos, a Séga continua a representar o espírito de esperança e liberdade deste povo; e há ainda quem conserve o instrumento tradicional (Ravane - barril de madeira com pele de cabra) para tocar esta dança. Apesar de colonizada por diversos povos ao longo da História, foram os portugueses que descobriram a Maurícia, em 1507. No entanto, e após a presença dos britânicos, ainda hoje se conduz à direita. As línguas dominantes são o crioulo, francês e o inglês.
Recomendações
A Maurícia é, por natureza, um destino de lua-de-mel que sabe combinar a beleza de apreciar um belo pôr-do-sol ao sabor do mais exótico cocktail, com atividades como trekking, ténis, golfe, passeios de bicicleta, barco ou catamarã, kitesurf, vela, snorkeling, nadar com tartarugas gigantes ou golfinhos. Não menos importantes são as visitas aos ilhéus, com o Ile Aux Cerfs como exemplo, que recebem quem chega com um sorriso com sabor a sal e um azul a convidar ao mergulho. É recomendável que se respeite a natureza e a preservação das espécies, sobretudo no que toca a recifes de coral, pelo que é importante resistir à tentação de comprar artefactos feitos de coral ‘impingidos’ por vendedores de praia, que o fazem ilegalmente, levando a que o turista, à saída do país, incorra em multa. O clima é sub-tropical moderado com duas estações definidas: a quente e húmida entre novembro e abril; e a fresca e seca de maio a outubro. A melhor época para visitar é entre junho e novembro, quando diminui o nível de humidade.
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